Melhorando a vida das pessoas com deficiência

Para uma compreensão mais significativa de todo contexto histórico relativo a educação inclusiva, é imprescindível reconhecer e compreender as abundantes mudanças pertinente ao processo educativo. Ainda é recente a prática de inclusão das pessoas portadoras de deficiência no contexto social e educacional, em épocas passadas, a pratica de discriminação realizada por esses dois elementos, limitava o acesso à educação escolar apenas a um grupo especial de pessoas, onde todos fossem similares. Quanto as pessoas que não se encaixavam nesses padrões, eram exclusas dessa sociedade.

Outrora, aqueles que possuíam deficiência, principalmente a física, eram vistos como monstros, desprezados pelos pais, abominados pela sociedade, tidos como seres inúteis a humanidade, onde muitas das vezes eram mortos logo após o seu nascimento, ou abandonados pelos pais em portas de igrejas. Na antiguidade clássica, segundo Lima (2006), as pessoas que nasciam com deficiência física eram prontamente rejeitadas, criando a imagem de total inutilidade do ser. Já na Idade Média, todo aquele que tivesse posse de algum tipo de deficiência, era apontado como enfermo ou sua deficiência era tida como um castigo, atribuído por algum ato dos seus pais ou família.

Instituições educacionais para pessoas com deficiência

Partindo desse pressuposto, surgiu a ânsia da construção de instituições de ensino, que atendessem a necessidade de todos, sem distinção, construindo uma educação heterogênea, respeitando a individualidade de cada ser. Lima  destaca que, “buscava-se então uma escola para todos, independente da origem social de cada um. A educação especial surge, pois, como parte de uma proposta de educação para todos, que denunciava a discriminação e a exclusão social”.

Através de um movimento popular no século XVIII, afim de solicitar e garantir o direito de uma escola que acolhessem a todos, iniciou-se a educação especial. Dá-se início ao acesso de pessoas deficientes a escola, porém, ainda estava presente nas instituições o processo de segregação, onde haviam salas especificas para deficientes, separando-os das crianças vistas como normais.

A educação especial ergueu-se através de muitas lutas, reivindicações, e a formação de várias organizações e grupos de pessoas que reclamavam o direito de igualdade e mudanças nas políticas educacionais, foi um fator de extrema importância, para que dessa forma, alcançassem os avanços que foram conquistados durante toda evolução histórica, uma educação digna e para todos.

Quanto a educação inclusiva, essa ganhou ênfase a partir da Declaração de Salamanca (1994), a aprovação da constituição de 1988 e da LDB 1996. Rodrigues (2003), relata que se as escolas têm consciência da diferença existente em cada aluno, é primordial que sejam adotadas possibilidades estratégicas para uma aprendizagem distinta e que se adeque ao limite de cada aluno.

A construção de um espaço escolar

A construção de um espaço escolar que busque respeitar a individualidade de cada um, mantendo um laço de compromisso também com as minorias, onde a diversidade seja aceita, e os alunos deixem de apenas “integrar” uma sala de aula, e passem a serem inclusos, é de extrema importância para a formação do indivíduo em sociedade. Onde é dever também do meio social, assumir uma responsabilidade maior com o portador de deficiência, respeitando suas necessidades especiais e os direitos que lhes foram garantidos por lei.

É fundamental equiparmos as oportunidades para que todas as pessoas, incluindo portadoras de deficiência, possam ter acesso a todos os serviços, bens, ambientes construídos e ambientes naturais, em busca da realização de seus sonhos e objetivos.

Por sua vez, a educação inclusiva busca identificar e atender igualitariamente as características inerentes a cada ser, de acordo com a diversidade, sendo essa uma característica intrínseca da humanidade. Sobre isso, faz-se o uso de um conceito mais generoso, onde a Declaração da Salamanca diz:

Princípio fundamental da escola inclusiva é o de que todas as crianças devem aprender juntas, sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter. Escolas inclusivas devem reconhecer e responder às necessidades diversas de seus alunos, acomodando ambos os estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade à todos através de um currículo apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de ensino, uso de recurso e parceria com as comunida

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